O uso abusivo da radiação dos exames de imagem.
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31 de julho de 2019A tomografia surgiu na década de 70 e trouxe uma revolução para os diagnósticos médicos.
Essa possibilidade de ter imagens claras sobre todos os órgãos do corpo humano, trouxe um grande impacto na realização de diagnósticos mais precisos.
Vamos entender a importância da tomografia, dando o exemplo de uma cirurgia de abdômen. Antes os cirurgiões abriam o abdômen do paciente como uma caixa cheia de surpresa.
Eles tinham que realizar um verdadeiro exame clínico. Pois antes contavam apenas com os raio-X simples ou com contraste em caso de sistemas digestivos para verificar o estado da doença.
Apesar do exame de raio-X ajudar muito no momento de realizar os diagnósticos, nem sempre era possível ver com clareza os quadros mais complexos. Por isso em muitos casos eram necessários realizar um laparotomias exploratórias. Literalmente eles abriam o paciente para ver o que estava acontecendo e o que era possível fazer.
As tomografias e a radiação
As imagens que as tomografias são capazes de monstra são incomparavelmente mais nítidas e claras que as radiografias. E em muitos casos a radiografia se tornou uma tecnologia ultrapassada.
Com essa corrida pela tomografia as empresas, cada dia mais buscam aperfeiçoar seus aparelhos, para torna-los mais rápidos e com uma qualidade de imagem ainda maior.
Mas para que esses avanços e melhoramentos na tomografia pudesse acontecer os níveis de radiação tiveram que ser aumentados.
Para se ter uma ideia, as tomografias de hoje precisam de 100 a 500 vezes mais radiação que os exames de raio-x comuns.
Após a tomografia outras técnicas de imagens que usam a radiação para obtenção de imagens foram criadas.
Um exemplo é a angiotomografia, com essa técnica é possível observar o fluxo sanguíneo dentro das artérias cerebrais.
Mas para obtenção dessas imagens são necessárias dez vezes mais radiação que as tomografias de rotina.
Os riscos
Muito se fala sobre o risco direto da realização sem a necessidade real para a realização de uma tomografia. Muitos médicos abusam dessa técnica, para realizar diagnósticos que poderiam ser realizados utilizando outros tipos de exames.
Apesar de não haver nenhuma evidência direta que relacione o risco do surgimento do câncer com o uso excessivo da radiação por esses exames.
Há alguns estudos e dados epidemiológicos e biológicos que realizam essa associação entre a exposição excessiva a radiação ionizante pode com o tempo levar aos surgimentos de tumores malignos. Já que a exposição à radiação ionizante tem efeito acumulativo no corpo humano. Ou seja, a cada exame realizado essa radiação ficará acumulada durante toda vida no seu organismo.
Um órgão americano chamado de National Research Council ou NRC, realizou alguns estudos que concluíram que os níveis de radiação emitidos por um único exame de tomografia. Já é o suficiente para aumentar o risco de desenvolvimento de algum tipo de câncer.
Cada dia mais os médicos preferem as imagens que tem uma melhor qualidade, mas o preço delas são radiações cada vez maiores.
É preciso mudar esse conceito de cada suspeita que o médico tenha, seja solicitado um exame que tenha radiação para sua realização. O correto é que sejam realizados outros meios para realizam do diagnóstico e em último caso um exame como a tomografia seja solicitado.
Tomografias mais seguras
Como cada dia mais, as tomografias estejam se tornando essências para o diagnóstico de muitas doenças. Se faz necessário que novas medidas sejam tomadas para torna-las mais segura para seus pacientes.
A primeira medida a ser tomada é realizar a redução das doses de radiação emitida. Existem alguns estudos que relatam que os valores de radiação utilizados possam ser reduzidos pela metade, sem perder a qualidade do exame.
Essas doses de radiações emitidas variam muito de um aparelho para o outro. E na maioria dos casos são mais altos do que realmente são necessários.
O que precisa é realizar um padrão de referência para utilização da radiação nos aparelhos tomográficos. Esse valor de radiação deve realizar o exame com qualidade sem comprometer a segurança do paciente.
Todo paciente e médico deve pensar no risco e não somente no custo no momento de solicitar uma tomografia. É importante que o paciente realize um controle da realização dos exames que emitem radiação.
Os níveis de radiação e os riscos.
Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, existe uma tabela com os níveis de radiação e os efeitos que eles podem causar ao corpo humano. Os dados em relação a radiação estão medidos em milisieverts.
Para se ter uma ideia uma tomografia do corpo inteiro emite cerca de 20 a 30 milisieverts, a tomografia de apenas um órgão emite cerca de 1 milisieverts.
Normalmente anualmente somos expostos de 1 até 10 milisieverts de radiação anualmente. Essa radiação vem de substancias radioativas presentes no solo e no ar.
Sintomas a exposição
50 a 100 milisieverts ocorre pequenas mudanças na composição sanguínea.
500 pode surgir náusea em questão de horas, 700 milisieverts vômitos.
750 os cabelos começam a cair, 900 milisieverts inicia uma diarreia.
1.000 milisieverts inicia uma hemorragia, 4.000 pode ocorrer morte num prazo de dois meses, se a pessoa não receber tratamento adequado.
10.000 ocorre a destruição da parede intestinal, hemorragia e morte entre 1 e 2 semanas.
20.000 danos aso sistema nervoso central, perca de consciência em minutos e morte em horas ou dias.
Por isso é tão importante controlar os níveis de radiação acumulados no corpo durante a vida.
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