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Fevereiro Laranja: Uma conscientização importante sobre a leucemia

Fevereiro laranja é o mês de conscientização sobre a leucemia, confira os tratamentos e como é importante o transplante de medula óssea

Fevereiro laranja é o mês de conscientização sobre a leucemia, confira os tratamentos e como é importante o transplante de medula óssea

Mensalmente o Ministério da Saúde lança, campanhas de conscientização sobre algumas doenças, e o fevereiro laranja é o mês de conscientização sobre a leucemia. Sendo assim, anualmente mais de 10 mil novos casos surgem no país e a maior parte desses novos casos são homens, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Por isso, ter consciência sobre a doença e a importância da doação de medula óssea são fundamentais no combate à doença. Além disso, no mês de fevereiro existe outra campanha, o fevereiro roxo, mas vamos falar dele em um outro post.

Assim, como em outras doenças, perceber os sintomas iniciais e buscar ajuda médica já nos primeiros sinais são essenciais para aumentar a chances de cura. Entenda quais são esses sintomas e como você pode ajudar doando medula óssea.

 

O que é a Leucemia?

A leucemia é uma doença que ataca dos glóbulos brancos, infelizmente ela é uma doença maligna e sem origem conhecida. Aliás, a principal característica da doença é a multiplicação das células doentes, e essas células acabam se acumulando na medula óssea. Então, essas células doentes são tantas que acabam substituído todas as células boas.

A medula óssea é responsável pela fabricação de todas nossas células sanguíneas. Então, de uma forma popular a medula óssea é o “tutano” do nosso osso. Sendo assim, ela está presente em todos os nossos ossos. Na medula podemos encontrar, não apenas os glóbulos brancos. Mas também os glóbulos vermelhos e às plaquetas.

Quando a leucemia começa a se desenvolver todas as células sanguíneas que ainda estão em fase de maturação. A doença causa uma mutação genética nessa célula e ela se torna uma célula cancerígena.

Após sofrer essa mutação, essa célula se multiplica de forma desorganizada, não funciona de forma adequada e tem um tempo menor de vida. Assim, com o passar do tempo, todas as células saudáveis são substituídas por células cancerígenas.

Até o momento, existem mais de 12 tipos diferentes de leucemia. Os quatro tipos primários e mais comuns são:

  • Leucemia Mieloide Aguda (LMA);
  • Leucemina Mieloide Crônica (LMC);
  • Leucemia Linfocítica Aguda (LLA);
  • Leucemia Linfocírica Crônica (CLL).

 

Existe algum comportamento que pode aumentar o risco de desenvolver a doença?

Infelizmente ainda não existe uma causa comprovada, sobre a causa do desenvolvimento da doença. Aliás, o que se sabe é que alguns fatores ambientais podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

Entretanto, esses fatores contribuem para o surgimento da leucemia tipo mieloide aguda e linfocítica aguda. Entre esses fatores a exposição à radiação ionizante e ao benzeno, são os únicos com associação comprovadas.

Assim, os fatores que até o momento são suspeitos de aumentar o risco de desenvolver alguns tipos de leucemia são:

  • O tabagismo aumenta o risco para a leucemia mieloide aguda.
  • O Bezeno é um composto químico encontrado na indústria química e na gasolina. E esse composto pode causar a leucemia linfoide aguda e a leucemia mieloide aguda.
  • A radiação ionizante é proveniente dos exames médicos em que se usa os raios-X e gama. A radioterapia é um dos mais comuns. Entretanto, o risco está associado a fatores como idade, dose da radiação e tempo de exposição. Os riscos são para linfoide aguda e mileoide aguda.
  • Alguns medicamentos usados na quimioterapia para tratar câncer e doenças auto-imunes podem desenvolver a linfoide aguda e a mieloide aguda.
  • O formaldeído muito usado em indústrias químicas, na área de saúde e na área da beleza sem a autorização da Anvisa.
  • Quem trabalha na produção de borracha, também tem uma maior possibilidade de desenvolver leucemia.
  • Doenças hereditárias ou síndromes com o Down, tem mais chances de desenvolver a leucemia mieloide aguda.
  • Pessoas com histórico familiar da doença.
  • Tirando a leucemia linfoide aguda que é mais comum em crianças, quanto mais idade a pessoa tem, maiores são as chances tem de desenvolver.
  • Trabalhadores que são expostos ao uso de agrotóxicos, diesel, poeiras, solventes, tem maior chance de desenvolver a doença.
  • Pacientes que já tiveram infecção por hepatite B e C.

 

 Quais são os tipos de leucemia

Os tipos de leucemias são agrupadas de acordo com a velocidade da evolução da doença e o grau da gravidade. Assim, temos duas separações iniciais, a doença crônica, que costuma se agravar de forma mais lenta e a aguda que o paciente tem uma piora rápida.

Dessa forma, quando falamos na doença crônica, no início ás células ainda consegue fazer alguns glóbulos brancos normais. Assim, a descoberta dessa doença ocorre em um exame de sangue de rotina. Os primeiros sinais de agravamentos são inchaços nos linfonodos ou infecções. Os sintomas são sempre brandos e se agravam depois de um certo tempo.

A aguda, as células não conseguem desempenhar nenhum papel e com isso, as células doentes se multiplicam rapidamente. Por isso, a doença se agrava rapidamente.

Outra divisão é no tipo de glóbulo branco que a leucemia ataca. As que atacam os linfoides, são as, linfoide, linfoblástica ou linfocítica. Já as que atacam as células mieloides, são chamadas de meiloblástica e mieloide.

Então, seguindo esses conceitos de classificações temos quatro tipos mais comuns:

  • Linfoide Crônica que ataca as células linfoides e tem um desenvolvimento lento. A maior parte dos pacientes tem idade superior a 55 anos.
  • Mieloide crônica seu desenvolvimento é vagaroso e ataca as células mieloides, é mais comum em adultos.
  • Linfoide aguda ataca as células linfoides e seu desenvolvimento é rápido. Comum em crianças menores, mas não é incomum em adultos.
  • Mieloide aguda seu avanço é rápido e ataca as células mieloides, pode surgir em adultos e crianças.

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Detecção, sintomas e tratamentos iniciais da leucemia

Os sintomas geralmente surgem quando há o acumulo de células doentes na medula óssea, os sintomas iniciais são:

  • Falta de ar;
  • Fadiga;
  • Palpitações;
  • Dores de cabeça;
  • Baixa imunidade;
  • Infecções recorrentes;
  • Sangramentos nas gengivas e nariz;
  • Manchas roxas pelo corpo ou pontos roxos;
  • Gânglios linfáticos inchados;
  • Febres;
  • Suores noturnos;
  • Perda de peso;
  • Desconforto abdominal;
  • Dores nas articulações e ossos;
  • Náuseas e vômitos;
  • Desorientação;
  • Visão dupla.

Quando antes detectada, maiores são as chances de cura. Aliás, a detecção é feita através de exames laboratoriais e clínicos. Assim, que perceber um ou um conjunto desses sintomas procure seu médico.

Mesmo que não haja uma suspeita inicial de leucemia, quando apresentar esses sintomas, procure um médico para diagnosticar. O médico indicado para diagnóstico e tratamento é o hematologista. Inicialmente é feito um hemograma simples e em caso de suspeita é feito um exame da medula óssea conhecido como mielograma.

Bom o tratamento tem como principal objetivo destruir as células leucêmicas. Assim, a medula óssea consegue voltar a produzir células saudáveis. Entretanto, dependendo do estágio da doença o tratamento envolverá quimioterapia, controle do processo infeccioso, prevenção de doenças do Sistema Nervoso Central e doenças hemorrágicas.

O tratamento geralmente é feito por etapas:

  • 1º etapa conseguir a remissão completa;
  • 2º etapa consolidação;
  • 3º Manutenção.

O tempo de cada etapa e de todo o tratamento irá depender da resposta do organismo aos medicamentos e tratamentos feitos.

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Como o tratamento com medula óssea ajuda na doença

Durante o tratamento feito com a medula óssea, o paciente recebe um transplante de medula óssea de um doador. Essa medula é inserida no paciente. Então, o objetivo é reconstituir essa medula doente tornando ela saudável.

Entretanto, nem sempre a medula precisa ser retira exatamente, muitas vezes essas células são retiradas do sangue ou do cordão umbilical. Quando é necessário realizar o transplante diretamente da medula. O doador passa por uma cirurgia de aproximadamente duas horas.

Durante todo o tempo o paciente está sedado. Várias pulsões são feitas nos ossos posteriores da bacia, para que a medula seja aspirada. Apesar de parecer assustador, para o doador os riscos são mínimos. Em poucas semanas a recuperação é total.

A maioria das pessoas que precisam do transplante é porque não estão obtendo um bom resultado com os tratamentos anteriores. Sendo assim, para muitas encontrar um doador é a única solução.

Por isso, acesse o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea e se cadastre, esse simples gesto pode salvar uma vida!

 

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