Procon entra na Justiça contra reajustes dos planos de saúde em 2021
25 de março de 2021Procon processa ANS por reajuste abusivo em planos de saúde coletivos
31 de março de 2021Infelizmente a pandemia causada pela Covid-19 no Brasil, está longe de ser controlada, por isso, a ANS pede que procedimentos eletivos sejam reavaliados. Existem dois motivos atrás dessa decisão, a primeira é a questão do alto risco de contágio pela Covid-19 e o segundo é o uso dos recursos.
Não é novidade que os recursos utilizados no combate da Covid-19 estão se esgotando. E não estamos falando apenas de mão de obra, leitos ou respiradores. Itens como anestesias, oxigênio, agulhas, EPIs, e muitos outros insumos importantes estão se tornando escasso.
Muitos pacientes que necessitam de intubação correm o risco de não ter qualquer tipo de anestésico para conter a dor. O caos está perto de se implantar na rede de saúde no Brasil, seja particular, suplementar ou pública!
Diante desse caos, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar a ANS, decidiu e publicou uma nota técnica que os procedimentos eletivos sejam reavaliados. Nesse momento é importante que as operadoras de saúde priorizem a assistência aos casos graves e pacientes com Covid-19. Assim, se faz necessário que os procedimentos eletivos sejam avaliados de forma criteriosa pelos profissionais de saúde verificando a real necessidade da sua execução.
Entretanto, caso seja realmente necessário realizar tal procedimento, é de extrema necessidade que todas as medidas de prevenção sejam seguidas de forma rígida. Para tal medida a ANS flexibilizou a RN nº259/2011 que se refere as cirurgias eletivas. Nesse momento, é essencial a priorização e a organização de recursos assistências.
Assim, a recomendação da ANS recomenda que os procedimentos eletivos só sejam feitos quando o seu adiamento acarrete prejuízo direto à saúde do paciente, segundo avaliação médica.
Os planos de saúde não sofreram punições mediante aos atrasos nos procedimentos eletivos
Mesmo que o atendimento não seja realizado no prazo máximo segundo a RN 259/2011, as operadoras não sofreram punição, pois isso está determinado na Nota Técnica emitida pela ANS. Aliás, também visa seguir as recomendações das autoridades sanitárias municipais, estaduais. Assim como o Ministério da Saúde.
É importante que todos tenham o bom senso, que neste momento é essencial que as redes hospitalares e clinicas sejam procuradas por uma causa mais urgente. Precisamos poupar recursos e evitar a proliferação do vírus da Covid-19!
Confira o vídeo da reunião da Diretoria Colegiada – DICOL realizada pela ANS:
Recursos hospitalares estão se esgotando em todos os estados do Brasil
A privação de recursos é tão importante nesse momento, que para se ter uma ideia dessa falta de recursos em alguns hospitais da rede pública. Os profissionais de saúde estão tendo que utilizar medicamentos em desusos, antipsicóticos e anti-histamínicos que causa sonolência como alternativa para a escassez de sedativos.
A Alternativa aos sedativos e bloqueadores musculares estão sendo Metadona um opioide e Diazepam um ansiolítico, para manter os pacientes na ventilação mecânica. Infelizmente, os medicamentos modernos e mais utilizados para essa terapia estão se acabando, e pode chegar a um momento que não teremos mais substitutos!
A preocupação é extrema, imagina pacientes gritando de dor e os médicos olhando sem poder fazer exatamente nada, pois não há medicamentos disponíveis. O paciente que acordar estando intubado e tentar retirar o tubo pode causar um ferimento graves na laringe e traqueia do paciente, piorando ainda mais o quadro geral.
Sem a anestesia adequada é impossível intubar um paciente consciente, para conseguir fazer isso, será necessário amarrar o paciente para que ele não mora se debatendo por falta de oxigênio.
Aliás, se o número de casos continuar subindo dessa forma, é bem possível que possamos ver esse cenário em cerca de 30 dias. Por isso, respeitar as medidas de segurança, manter o isolamento social e usar todas as medidas de higienização são essenciais para evitar um colapso ainda maior no sistema de saúde.